sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Continuismoismoismoismo

Ainda tem mais história para contar, mas Alberto Dualib conseguiu se reeleger ontem por 241 votos contra 44 de Waldemar Pires para seguir à frente do Corinthians. Serão mais alguns anos de família Dualib no Timão, pelo menos. Alguns torcedores que participaram do protesto de ontem declararam para os jornais que nada tinham contra Dualib, só queriam democracia.

Eu tenho muito contra o Dualib: cria de Wadih Helu, perpetuou na diretoria o mesmo sistema deteriorado e deteriorador de seu mestre. Além disso, enriqueceu às custas do Corinthians e ajudou a reduzir pelo menos em três vezes o número de associados do clube. Sempre me lembro do Junior, porque toda vez que ele passa na frente da Mansão Dualib, ali no Alto de Pinheiros (um dos bairros nobres de São Paulo), ele exclama:

- Olha ali o estádio do Corinthians!

É mais ou menos isso. Para encerrar com chave de ouro, Dualib trouxe ao Timão a MSI. Podia ter morrido há muito tempo, mas no auge de 80 e quantos anos?, passa muito bem, já que administrar o Corinthians da maneira que ele administra gera renda para, pelo menos, pagar a melhor junta médica do mundo. Para fechar o texto magoado e frustrado (embora tenhamos feito a nossa parte), uma declaração do próprio Dualib ao Estadão:

“Estamos orgulhosos de ver o que aconteceu no salão nobre. Foi uma eleição livre e democrática. Iremos continuar o trabalho de engrandecimento do Corinthians. Nessa eleição não há vencedor nem vencido: o Corinthians é quem venceu. Hoje o Corinthians deu uma lição de civilidade, de democracia, que ficará nos anais do clube.”

Nos "anais" de todos nós.

Nenhum comentário: